quarta-feira, janeiro 27, 2010





Você beijou minhas vergonhas com a saudade, deixou meu ímpeto entrelaçado. Nossos corpos descolaram, e logo nossas almas também. Sangrou. O que sustenta o meu amor? Sustentam dois suspiros. Será frágil? Meu amor é tão leve que meus suspiros nem precisam ser tão profundos. Molhe o dedo, encoste em mim. Frio ou quente? Morno? Nossa, cócegas internas. Diga-me que não é tua boca dentro de mim. Você sorri de volta e diz "não é minha boca, é meu corpo todo". E eu dou risada pensando, como você é boba... Não se entregue não, menina. E então você tenta contar as estrelas que eu desenhei na parte de dentro da minha coxa, cada estrela um beijo. Elas vão subindo, como o infinito. Um universo. Constelação.