sábado, fevereiro 27, 2010

Eu pensei em escrever - e escrevi - e tudo parecia mais amênuo quando eu encontrava o codinome daquele olhar dentro de mim. Era melhor escrevê-las do que falá-las. Eu não choro, porque no fundo, eu não te conhecia. Porque eu sempre soube que você esteve por perto, eu saí várias vezes à sua procura. E te encontrei. Sonhei por noites com a tua voz me ninando. E te encontrei. E o arame farpado que ficava em baixo de minha pele me arranhava junto. Era muito difícil para mim saber que eu te encontrei e que não só bastava: eu havia me perdido em ti. Mas mesmo perdida nos teus olhos café, não podia bebê-los como havia sonhado e dito. E agora tá travado aqui na garganta, nem desce e nem sai. É uma sensação meio entorpecente, parece um porre de uma droga de sexta qualidade.